Livro: O Homem Novo - J.Herculano Pires No tempo de Jesus, os leprosos viviam isolados da comunidade, afastados de todo o convívio humano, e eram cuidadosamente evitados pelas pessoas sadias. Em certos lugares, usavam uma espécie de matraca; em outros, guizos; e em outros, eram obrigados a gritar, quando entravam numa estrada, para que as pessoas sãs passassem de largo. Jesus ensinou e exemplificou o contrário, escandalizando os fariseus. Mas com isso conseguiu duas coisas extraordinárias: curou os leprosos e curou a doença terrível do egoísmo e da pretensão sectária, em muitos fariseus. No tempo de Jesus, um judeu não podia aproximar-se de pessoas consideradas impuras, falar com elas, e muito menos hospedar-se em suas casas. Jesus, entretanto, ensinou e mostrou, pelo exemplo, que as pessoas mais impuras estão às vezes mais próximas de Deus do que os doutores da lei. A intolerância agressiva dos fariseus foi superada pelo ensino de Jesus, que é universalista, profundamente humano, contrário aos divisionismos sectários que constituem amarga negação do princípio do amor. Em todo o Evangelho, vemos Jesus insistir no tema do amor ao próximo, que Ele chega a considerar semelhante ao amor a Deus. O apóstolo Paulo, antes do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco, “respirava ameaças e mortes”, como diz o Livro de Atos, e assolava com perseguições terríveis os hereges cristãos, ou seja, os cristãos primitivos, que ele considerava hereges. Mas depois que se converteu ao Cristianismo, passou a ensinar que: “Não há diferença entre judeu e grego, pois um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos que o invocam.” (Romanos, 10:12.) E condenando os excessos da lei mosaica, o sectarismo arrogante dos judeus, que se julgavam únicos filhos de Deus, que diziam estar a verdade e a palavra de Deus unicamente com eles, não proibia a leitura dos textos contrários a esse novo ensino. Antes os recomendava, com estas sábias palavras: “Não extingais o espírito, não desprezeis as escrituras. Examinai tudo, retende o que é bom.” (Tessalonicenses, 5:19-21.) O cristão, portanto, não se fecha em sua religião, fugindo aos outros, evitando-os e afugentando-os da estrada, com medo de c | Espiritismo Brasil
Livro: O Homem Novo - J.Herculano Pires No tempo de Jesus, os leprosos viviam isolados da comunidade, afastados de todo o convívio humano, e eram cuidadosamente evitados pelas pessoas sadias. Em certos lugares, usavam uma espécie de matraca; em outros, guizos; e em outros, eram obrigados a gritar, quando entravam numa estrada, para que as pessoas sãs passassem de largo. Jesus ensinou e exemplificou o contrário, escandalizando os fariseus. Mas com isso conseguiu duas coisas extraordinárias: curou os leprosos e curou a doença terrível do egoísmo e da pretensão sectária, em muitos fariseus. No tempo de Jesus, um judeu não podia aproximar-se de pessoas consideradas impuras, falar com elas, e muito menos hospedar-se em suas casas. Jesus, entretanto, ensinou e mostrou, pelo exemplo, que as pessoas mais impuras estão às vezes mais próximas de Deus do que os doutores da lei. A intolerância agressiva dos fariseus foi superada pelo ensino de Jesus, que é universalista, profundamente humano, contrário aos divisionismos sectários que constituem amarga negação do princípio do amor. Em todo o Evangelho, vemos Jesus insistir no tema do amor ao próximo, que Ele chega a considerar semelhante ao amor a Deus. O apóstolo Paulo, antes do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco, "respirava ameaças e mortes", como diz o Livro de Atos, e assolava com perseguições terríveis os hereges cristãos, ou seja, os cristãos primitivos, que ele considerava hereges. Mas depois que se converteu ao Cristianismo, passou a ensinar que: "Não há diferença entre judeu e grego, pois um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos que o invocam." (Romanos, 10:12.) E condenando os excessos da lei mosaica, o sectarismo arrogante dos judeus, que se julgavam únicos filhos de Deus, que diziam estar a verdade e a palavra de Deus unicamente com eles, não proibia a leitura dos textos contrários a esse novo ensino. Antes os recomendava, com estas sábias palavras: "Não extingais o espírito, não desprezeis as escrituras. Examinai tudo, retende o que é bom." (Tessalonicenses, 5:19-21.) O cristão, portanto, não se fecha em sua religião, fugindo aos outros, evitando-os e afugentando-os da estrada, com medo de c
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